A geração de energia eólica e solar garante o consumo das áreas comuns, o paisagismo usa espécies nativas para preservar os ecossistemas, as telhas, mais claras para combater o aquecimento, as janelas aproveitam o máximo da iluminação natural, reservatórios especiais recolhem a água da chuva para ser reutilizada. Esta é a proposta da Reserva Anauá, condomínio fechado de 35 mil m² projetado pela Casoi Desenvolvimento Imobiliário em Pindamonhangaba, interior do Estado. O conjunto é um dos três primeiros residenciais do país chancelado pela primeira fase da certificação Aqua, um dos selos mais exigentes do mercado brasileiro na área da sustentabilidade.
A Reserva Anauá – palavra que, em Tupi, significa Árvore Florida – foi pensada em unir a convivência harmoniosa com a natureza à redução de consumo de energia elétrica e água, tudo aliado a um processo de construção sustentável.
O condomínio foi projetado para fazer o morador se sentir bem, pensando em detalhes que alguns empreendimentos convencionais podem deixar de lado. Quem procurar não vai encontrar fios nas ruas. Toda a rede será subterrânea, sem interferir nas belas fachadas desenvolvidas especialmente pela EDSA, escritório sediado em Miami (Estados Unidos). “Eles têm um cuidado muito especial com os detalhes e as cores”, afirma o diretor da Casoi Desenvolvimento Imobiliário, Hamilton de França Leite Jr.
As fachadas se encaixaram perfeitamente no projeto desenvolvido pelo arquiteto Danilo Penna. “Focamos na criação de uma composição harmônica entre o verde e a volumetria edificada para proporcionar tranquilidade e conforto”, conta.
Nesse processo de criação, o paisagismo também foi fundamental. O responsável pelo projeto foi o arquiteto Milton Yoshimoto, que teve como foco a questão da sustentabilidade e das práticas ecologicamente corretas. Ele investiu nas espécies nativas, como Quaresmeiras, Manacás da Serra, Pau Ferro, Pau Formiga, Pau Brasil, Sibipirunas, Ipês, Jacarandás, Cássias, Palmeiras Jerivás, Mangueira, Jaboticabeiras, Pitangueiras, entre outras. Essas plantas estão mais acostumadas ao clima da região e necessitam de menos água e adubação.
Em um projeto sustentável como o da Reserva Anauá, até a construção do empreendimento segue normas rígidas. A Ladeira Miranda Engenharia e Construção trata o canteiro de obras de maneira especial. Entre as medidas tomadas, há a separação de material reciclável, iluminação do banheiro dos operários por meio de garrafas PET, aquecedor solar para o chuveiro dos trabalhadores e tapumes de material reciclado.
Outro ponto importante é o controle na entrada de caminhões no canteiro de obras. O objetivo é impedir o acesso de veículos que emitam fumaça acima do padrão. A análise é feita pelo método conhecido como Anel de Ringelmann – processo que consiste em uma análise visual da cor da fumaça emitida. “Ao ultrapassar três vezes o limite estabelecido, o caminhão fica barrado até que conserte o problema”, diz o proprietário da Ladeira Miranda Engenharia e Construção, Cristiano Ladeira Miranda.
Aplicar todos esses conceitos em busca de uma construção sustentável custa cerca de 4% mais em relação a uma obra convencional. Porém, esse valor não é repassado ao morador. “O cliente não paga a mais por um empreendimento sustentável e, ainda por cima, ganha uma série de benefícios, como a economia de energia e água que refletem diretamente nas contas do fim do mês e a maior valorização ao longo do tempo”, explica o diretor da Casoi Desenvolvimento Imobiliário, Hamilton de França Leite Jr.
(diariotaubate.com.br)
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