Uma novidade no mercado de automóveis promete melhorar custo-benefício do abastecimento e colaborar para a sustentabilidade. É o Quadrifex da marca Gram Eollic, criado pelo cearense Fernando Ximenes. O nome vem da quantidade de tipos de energia que podem abastecer o carro: eólica, fotovoltaica (da luz), gasolina e etanol.
Criado a partir de um modelo nacional bi-combustível, o veículo conta com a inclusão de equipamentos nas laterais e teto. Duas turbinas eólicas e uma placa fotovoltaica foram acopladas para capturar energia do vento e luminosa. O armazenamento de forças é feito por meio de bateria, que abastece o sistema elétrico e aciona o motor.
O modelo capta luz de qualquer lugar onde existam fótons. Iluminação das avenidas, lâmpadas de estacionamento e luz solar, mesmo em dias nublados. O material produz uma sobrecarga de energia, que pode ser utilizada também com o veículo desligado.
Fernando Ximenes explica que a criação do carro surgiu a partir de pesquisas para desenvolver uma “cidade sustentável”. O automóvel foi escolhido por ser “peça fundamental no cotidiano dos grandes centros urbanos”, destaca.
O Quadriflex foi construído na plataforma de um veículo popular, acessível para as classes C e D. Segundo Ximenes, as ações em sustentabilidade devem somar os fatores de ambiente, economia, conforto, design, e praticidade. “O público abraça a ideia ambiental, mas se não houver o fator econômico, não tem jeito”, diz.
A iniciativa já foi sondada por uma montadora internacional, que está negociando produção para o comércio. Para o criador do carro, o preço não vai aumentar por causa dos equipamentos que captam energia. As peças substituem outras convencionais, como correias e engrenagens. O valor de mercado deve variar entre R$ 35 mil e R$ 40 mil.
Em setembro, o invento representou o Ceará na Feira Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia e Eficiência Energética (COENERGY), realizada em São Paulo. O carro ganhou o prêmio COENERGY e teve a maior visitação do evento.
Redução de Impactos
O Quadriflex tem o eixo do motor livre, exigindo menor necessidade de aceleração. A consequência é economia de combustível e redução da poluição atmosférica. O modelo emite 40% a menos de dióxido de carbono (CO2), em relação a veículos do mesmo porte.
Outra vantagem ambiental é a maior vida útil do carro. As turbinas eólicas e a placa fotovoltaica são feitas de magneto e silício, materiais com duração média de 30 anos. Em um veículo padrão, uma correia de borracha dura até dois anos. Para Ximenes, a preocupação com sustentabilidade é uma demanda do mercado. “Existe a necessidade de diminuir o aquecimento global”, afirma.
O modelo capta luz de qualquer lugar onde existam fótons. Iluminação das avenidas, lâmpadas de estacionamento e luz solar, mesmo em dias nublados.
(opovo.com.br)
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