A paranaense Copel está confiante no que diz respeito ao desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no Brasil. Atualmente a empresa estuda seis projetos da fonte, sendo que dois só não começaram a ser implantados ainda por motivos alheios à estatal. De acordo com o diretor de Novas Energias da Copel, Henrique Ternes Neto, a empresa trabalha com um total de 10MW solares para os próximos anos.
Duas dessas plantas estão cadastradas na chamada de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Uma será implantada no Paraná, sobre a cobertura do estádio do Atlético Paranaense, com capacidade de 1,4MW e custo de R$25 milhões. Neste caso, a Copel aguarda a conclusão da obra civil daquela que será uma das arenas da Copa de 2014.
"Nossas preocupação é com o cronograma da obra civil, que já não corresponde com a perspectiva original e não é de nossa responsabilidade. Mas isso não inviabiliza a construção da usina, uma vez que precisamos de apenas quatro meses para colocá-la em operação", aponta Neto.
O outro projeto fotovoltaico está previsto para ser instalado no Rio Grande do Norte, na mesma área em que serão construídas as usinas eólicas Farol (20MW), Olho d´Água (30MW), São Bento do Norte (30MW) e Boa Vista (14MW).
Esse empreendimento, aliás, é diferente dos outros cadastrados na chamada de P&D da Aneel, uma vez que não prevê a injeção da energia gerada direto na rede de distribuição. A ideia, explica Neto, é armazenar a geração num banco de baterias. "Usaríamos essa eletricidade no momento em que achássemos mais conveniente, como no horário de ponta ou em caso de blecaute, como no-break."
A usina de 3MW, porém, teve a implantação adiada devido à previsão de atraso na obra das linhas de transmissão que conectarão o complexo eólico ao sistema. A ideia da Copel é usar o mesmo sistema para escoar a energia do vento e do Sol. "Com isso, esperávamos aumentar a eficiência financeira da usina solar em 20%. Mas, como sabemos que as ICGs vão atrasar, tivemos que retardar o projeto", lamenta Neto. O investimento previsto nesse empreendimento é de R$ 50 milhões.
O diretor de Novas Energias da Copel acredita que em quatro anos a fonte deverá estar mais competitiva no País. "Há uma necessidade de melhorar os custos dos equipamentos fotovoltaicos, que ainda são excessivamente altos. Para isso, tem que haver um upgrade tecnológico, no sentido de melhorar o nível de produção de energia em relação à área exposta. Para se ter uma ideia, o fator de capacidade é de apenas 17,5%. Isso significa que para 1MW instalado eu gero apenas 170kW. Essa eficiência precisa evoluir".
Quanto aos outros projetos, Ternes Neto diz não poder especificar todos, mas adianta que um deles é uma parceria com a Tractebel Energia. "Estamos trabalhando com o nível de investimento bastante elevado nesse tipo de fonte", conclui.
(jornaldaenergia.com.br)
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
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