Novas práticas podem poupar 20 a 30% em lares de idosos

O projeto SAVE AGE, que teve início em 2010 e se desenrola durante mais um ano, estuda a importância da eficiência energética numa centena de lares de terceira idade no sentido de reduzir consumos de energia, mantendo ou melhorando o conforto dos utentes.

O objetivo final é a implementação de boas práticas e de melhores tecnologias para a utilização racional de energia nos lares da terceira idade na Europa.

A realidade portuguesa está a ser avaliada por uma equipa de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra, que constataram a existência na maioria dos lares de equipamentos com baixa eficiência energética.

De acordo com uma nota de imprensa da Reitoria da Universidade de Coimbra, nesses mesmos lares também não foram encontrados equipamentos de uso racional como coletores solares para aquecimento de água.

“Ao nível dos comportamentos, os utentes não mostram grande preocupação com a redução de consumos, já o staff administrativo tem algumas preocupações com pormenores de grande importância, nomeadamente o desligar as luzes quando não estão a ser utilizadas”, afirma coordenadora da equipa portuguesa, Paula Fonseca.

A mesma nota realça que atualmente 14 por cento da população europeia tem mais de 65 anos e “é expectável que este número duplique em 2050, o que significa que, nessa altura, o número de idosos deverá rondar os 80 milhões de habitantes”.

“Este estudo irá fornecer ferramentas importantes para melhorar a eficiência energética nos lares de idosos, mas sem prejudicar os níveis de conforto, porque se trata de uma população com necessidades muito específicas”, sublinha Paula Fonseca.

Do projeto SAVE AGE, com um orçamento global de 1,5 milhões de euros, vai também resultar um manual de boas práticas com recomendações técnicas para reduzir os consumos de energia.

Estão ainda previstas, em cada país participante no projeto, ações de formação para consciencializar os utentes e os funcionários dos lares para a importância da mudança de comportamentos no sentido de uma utilização mais eficiente da energia.

Além de Portugal, nos dez países participantes no estudo figuram, entre outros, a Espanha, França, Itália, Suíça e Eslovénia.
(www.destak.pt)