quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Carro-bicicleta movido a energia solar chega ao mercado a preços populares


É um carro? Sim! É uma bicicleta? Sim também! Mais do que isso: trata-se de um carro-bicicleta movido a energia solar. A novidade atende pelo nome de Elf, cuja fabricação fica por conta da empresa norte-americana Organic Transit, especializada em veículos sustentáveis. O veículo 

Elf tem três rodas e baterias que podem ser recarregadas ao sol ou em uma tomada padrão
Imagem: Reprodução/Organic Transit
É um carro? Sim! É uma bicicleta? Sim também! Mais do que isso: trata-se de um carro-bicicleta movido a energia solar. A novidade atende pelo nome de Elf, cuja fabricação fica por conta da empresa norte-americana Organic Transit, especializada em veículos sustentáveis.
O compacto Elf tem três rodas e baterias que podem ser carregadas tanto em exposição ao sol como em uma tomada padrão, o que possibilita um diferencial ao condutor: escolher se pedala ou se usa a energia renovável para se deslocar. Assim você pode, por exemplo, pedalar por ruas planas e, ao se deparar com um trajeto íngreme, recorrer à energia solar.
A configuração com três rodas confere estabilidade e controle ao Elf, que pode ser usado tanto em estradas como em ciclovias padrão.
O veículo é equipado ainda com vários aparatos de segurança, como retrovisor, luzes traseiras e faróis de LED.
Os primeiros cem modelos serão ofertados na internet a partir do dia 13 de janeiro. O valor estimado do veículo é de US$ 4.000 (cerca de R$ 8.000).
Sem poluir a cidade e com a facilidade de escolher que hora suar ou não, fica mais fácil pensar em um modo de transporte alternativo para chegar ao trabalho.
Assista ao vídeo de apresentação do Elf:
(ibahia.com)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Brasileiros já podem produzir energia solar em casa e ter desconto na conta de luz


Instalar um painel fotovoltaico no telhado de casa, solicitar um medidor digital da concessionária local e produzir a própria energia, reduzindo os custos na conta de luz. Essa realidade, já bastante comum em alguns países da Europa, como Alemanha, Inglaterra e Itália tem tudo para começar a se desenvolver no Brasil a partir de 2013.
É que desde a segunda-feira, 17 de dezembro, o consumidor brasileiro conta com o respaldo legal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reivindicar a própria produção de energia solar integrada à rede elétrica comum. A resolução é a aposta do mercado para impulsionar o setor, que ainda esbarra no alto custo dos equipamentos.
A expectativa é de que em 2013 a ampliação nas vendas de painéis fotovoltaicos reduza os gastos com a instalação – atualmente, o sistema completo custa, em média, R$ 25 mil. “Nos últimos três anos, o preço caiu pela metade. Com a comercialização em escala, a tendência é que diminua ainda mais nos próximos anos”, afirmou ao Estadão Luis Felipe Lima, proprietário da Minha Casa Solar.
A empresa de Lima, como a maioria em atividade, é especializada em fornecer painéis para casas situadas em áreas rurais, que usam baterias para armazenar a energia produzida.
Com a nova regulamentação, abre-se a possibilidade de que a geração de energia seja absorvida nas cidades pela rede elétrica, em um sistema de compensação. “Durante o dia, com um consumo normalmente reduzido de eletricidade, a residência será fornecedora da rede”, explicou Lima.
Excedente gera créditos
A ideia é que, no fim do mês, a soma da energia enviada para a rede seja equivalente à quantidade consumida. O valor pago na conta de luz será apenas a diferença – caso haja excedente, a energia produzida a mais será usada como crédito nos meses seguintes. As regras, porém, ficam a critério da concessionária.
A AES Eletropaulo, principal distribuidora da capital paulista, determina que esses créditos sejam usados em até 36 meses. Dessa forma, períodos de muito sol fornecem créditos para serem usados em época de pouca geração. A empresa afirma que começou a atender os pedidos de acesso dos clientes desde sábado (15).
Com as diretrizes definidas, o setor espera agora facilidades para atrair interessados. “A regulamentação foi um passo fundamental, mas temos de pensar em incentivos a financiamento dos equipamentos e políticas de atração de fabricantes para o país”, observou Ricardo Baitelo, coordenador da campanha Clima e Energia do Greenpeace.
Investimento em longo prazo
Todos os equipamentos para a produção de energia solar são importados. Professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o engenheiro eletricista Marcelo Villalva estima que, para a geração em residências, o medidor digital vendido pelas concessionárias custe entre R$ 200 e R$ 300.
“Uma casa normal, de duas pessoas, consome em torno de 250 quilowatts-hora por mês e precisaria de meia dúzia de painéis, com um custo de cerca de R$ 16 mil”, calculou Villalva. “Em São Paulo, levaria cerca de oito anos para amortizar o investimento. No interior e outros Estados do Brasil, com maiores níveis de insolação, pode chegar até a três anos.”
(envolverde.com.br)

Conta de luz cara viabiliza energia solar no país


A eletricidade subiu no telhado
A cara conta de luz que o brasileiro paga tem só uma vantagem: está viabilizando a energia solar no país. Sua produção descentralizada é estratégica. O que falta agora é uma indústria nacional e isso exige tecnologia e inovação. O governo começa a se dar conta disso.
A reportagem é de Luciana Christante - UNESP
SUSPENSO NO ESPAÇO a cerca de 150 milhões de quilômetros de distância da Terra, o Sol é a maior usina de energia do Universo e responsável por todas as formas de vida, direta ou indiretamente. Transformar sua luz em eletricidade é uma ideia perseguida desde os tempos de Thomas Edison. Mas o desafio de construir a primeira célula solar (também chamada fotovoltaica) só foi vencido nos anos 1950, dentro dos legendários Laboratórios Bell, nos Estados Unidos. Desde então físicos, engenheiros, e mais recentemente empresas e governos de alguns países, pressionados pela necessidade de fontes energéticas sustentáveis, esforçam-se para tornar esse dispositivo mais eficiente e principalmente mais barato. Estão sendo bem-sucedidos.
Em maio passado, metade da energia elétrica consumida na Alemanha foi produzida graças à luz do sol que incidiu sobre painéis fotovoltaicos. Itália, Espanha, Japão e Estados Unidos também dão mostras de que essa tecnologia chegou para ficar. Se o leitor já estiver se perguntando o quão atrasado o Brasil está nessa história, vale dizer que o lugar mais ensolarado da Alemanha recebe 40% menos radiação que a Região Sul, onde se registram os mais baixos índices solarimétricos do território brasileiro.
É preciso lembrar também que a China é o maior produtor de painéis solares, mas boa parte da principal matéria-prima usada neles, o silício, sai de reservas de quartzo brasileiras, que estão entre as maiores do mundo. Exportamos o silício bruto e barato para ter de importá-lo na forma de um produto de altíssimo valor agregado. É exatamente o que faz a única empresa nacional nesse ramo, uma montadora de painéis solares localizada na cidade de Campinas (SP).
Apesar disso, os pesquisadores brasileiros da área de energia solar estão bastante otimistas, entre eles o engenheiro elétrico Marcelo Gradella Villalva, pesquisador da Unesp em Sorocaba. “O preço dessa tecnologia está ficando competitivo no país e o governo parece estar acordando para nosso potencial fotovoltaico”, afirma.
São duas as razões pelas quais a energia solar está economicamente mais atraente no Brasil, explica Villalva. Uma é a queda de até 80% no preço dos painéis na última década, graças à produção em larga escala principalmente na Alemanha e, mais recentemente, na China. A outra razão, embora neste caso nos beneficie, nem de longe nos orgulha: “A energia elétrica no Brasil é uma das mais caras do mundo”, completa o pesquisador.
Depois de calcular a razão entre o preço médio da eletricidade pago pelos brasileiros e a cotação do painel fotovoltaico no mercado internacional, a Bloomberg, agência de notícias para o mercado financeiro, divulgou em março um estudo no qual o Brasil atingiu a chamada “paridade tarifária” para a energia solar, uma espécie de padrão ouro que indica competitividade econômica. Em outras palavras, cobrir o telhado com painéis solares já estaria valendo a pena em nosso país.
Deitado em berço esplêndido
O mais curioso, entretanto, é que a paridade tarifária no Brasil foi alcançada ao mesmo tempo pela Alemanha, de longe o país onde a energia fotovoltaica está mais desenvolvida. Na década passada, o governo alemão manteve generosos incentivos para seus cidadãos adotarem a tecnologia e fez maciços investimentos para criar uma cadeia produtiva nacional robusta. Agora está colhendo os frutos, em plena crise europeia.
Já o Brasil chegou a esse ponto “deitado em berço esplêndido”, analisa o engenheiro civil Ricardo Rüther, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “O governo não investiu nada para atingir essa marca”, diz. “Esperou o preço [dos painéis] cair e agora está ganhando de bandeja [a paridade tarifária]. Mas ficou para trás na tecnologia. Temos de importar tudo e os impostos para isso são altos.”
(direct-connect.projetobr.com.br)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

DASOL 2013 & Solar Minas



Consumidor que usa energia solar terá desconto na conta de luz

Consumidor que usa energia solar em casa terá desconto na conta de luz. 

A norma da Agência Nacional de Energia Elétrica, que passou a valer nesta semana, busca impulsionar o setor de energia renovável, que ainda empaca no alto custo dos equipamentos. Um sistema completo de painéis solares custa, em média, 25 mil reais. 

A ideia é que no fim do mês, o cliente pague somente a diferença entre a energia produzida por ele e a energia elétrica consumida. Caso haja sobra de energia produzida, ela será usada como crédito nos meses seguintes. Mas as regras serão definidas por cada concessionária. 

A AES Eletropaulo, por exemplo, principal distribuidora da capital paulista, determina que esses créditos sejam usados em até 36 meses. Assim, os créditos acumulados em períodos de muito sol poderão ser usados em épocas de pouca geração de energia. 

Depois que o sistema de energia solar for instalado na residência, é preciso entrar em contato com a concessionária local e pedir a conexão e inclusão do sistema à rede elétrica comum. Assim é possível fazer as medições da energia produzida e consumida. 

Só para se ter uma ideia, uma casa normal, de dois moradores, precisaria de meia dúzia de painéis solares, a um custo de 16 mil reais. O valor levaria de 3 a 8 anos para o investimento ser amortizado.
(regiaonoroeste.com)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vapor solar: energia solar super eficiente

Um painel solar fotovoltaico tem uma eficiência energética média ao redor de 15%. 

Uma nova tecnologia batizada de "vapor solar" pode alcançar até 24% de eficiência energética. 

O segredo está em usar nanopartículas para converter a energia solar diretamente em vapor - o protótipo pode vaporizar até água gelada. 

Oara Neumann e Naomi Halas, da Universidade Rice, nos Estados Unidos, afirmam que a nova tecnologia não deverá competir inicialmente com os painéis solares. 

"Há muito mais sobre energia do que eletricidade. Com esta tecnologia, estamos começando a pensar sobre a energia termossolar de uma forma completamente nova," disse Halas. 

Segundo ela, o vaporizador solar está pronto para ser usado na purificação de água e no tratamento de esgotos. 

Nanopartículas fotossensíveis 

A eficiência do coletor termossolar deve-se às nanopartículas fotossensíveis, que convertem a luz do Sol em calor. 

Quando dissolvidas em água e expostas à luz do Sol, as partículas se aquecem tão rapidamente que vaporizam instantaneamente a água ao seu redor, criando vapor, sem precisar aquecer a água até o ponto de ebulição. 

Todas as leis da termodinâmica são preservadas, mas o aquecimento em nanoescala mostrou-se aproveitável em macroescala em um nível difícil de imaginar. 

"Nossas partículas são muito pequenas, menores até do que o comprimento de onda da luz. Isso significa que elas têm uma área superficial muito pequena para dissipar o calor. Esse aquecimento intenso permite gerar o vapor localmente, diretamente na superfície da nanopartícula," explica Halas. 

O efeito é impressionante, principalmente quando se vê água quase em ponto de congelamento - já com as nanopartículas em solução - virando vapor tão logo é posta ao Sol. 

Usos da energia termossolar 

Apesar da preferência das pesquisadoras por aplicações sanitárias, cerca de 90% da eletricidade mundial é produzida por vapor, seja ele criado pela queima de carvão ou por um reator nuclear. 

A indústria também utiliza vapor em grande quantidade, geralmente oriundo da queima de gás natural ou óleo combustível. 

Em testes no laboratório, Oara Neumann constatou que seu gerador termossolar com nanopartículas é duas vezes e meia mais eficiente do que as colunas de destilação usadas na indústria. 

Outro uso potencial da energia termossolar é na alimentação de sistemas de ar-condicionado híbridos, alimentados por energia solar durante o dia e eletricidade à noite. 

Bibliografia: 

Solar Vapor Generation Enabled by Nanoparticles 
Oara Neumann, Alex Urban, Jared Day, Surbhi Lal, Peter Nordlander, Naomi J. Halas 
ACS Nano 
Vol.: Accepted Manuscript 
DOI: 10.1021/nn304948h 

(ie.org.br)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pesquisa com energia solar rende prêmio a brasileiro

O químico Antônio Patrocínio tem apenas 29 anos, mas já se dedica há dez ao desenvolvimento de materiais para conversão de energia solar. Essa década de trabalho foi agora reconhecida pelo governo alemão com o "Green Talents 2012", que premiou 25 jovens cientistas do mundo todo que pesquisam diferentes aspectos do desenvolvimento sustentável.
"Na minha pesquisa, tenho buscado preparar materiais com propriedades químicas e físicas adequadas para serem integrados em dispositivos para a conversão de energia solar", diz Patrocínio, professor da Universidade Federal de Uberlândia.
Atualmente, o químico tem dirigido seus esforços a dois temas de ponta da pesquisa energética: células solares sensibilizadas por corantes e dispositivos para fotossíntese artificial.
Nas células solares convencionais, uma placa de silício é responsável pela absorção da luz e pelo transporte dos elétrons gerados por esse processo, responsáveis pela energia. Para que isso ocorra de maneira eficiente, é necessário que o silício seja de altíssima pureza, o que requer processos caros.
As células sensibilizadas por corantes são pesquisadas há cerca de 20 anos e algumas empresas estrangeiras já produzem produtos baseados nessa tecnologia.
Nelas, a absorção de luz e o transporte de cargas são feitos por componentes diferentes.
"Essa divisão de funções é inspirada nos organismos fotossintéticos [os que usam naturalmente a energia solar, como as plantas] e exclui a necessidade de processos de purificação energeticamente custosos", diz Patrocínio.
As duas células também são diferentes em seu funcionamento. Nas que utilizam corantes, a eletricidade é gerada por uma reação química. Ao final do processo, seus componentes internos não são consumidos, num ciclo que permite que o dispositivo funcione por longos períodos de tempo.
Cientistas tentam agora aplicar conceitos desenvolvidos para as células solares com corantes em dispositivos capazes de produzir combustíveis a partir de luz solar e compostos abundantes na Terra, como a água.
É a chamada fotossíntese artificial, em que se busca converter e armazenar a imensa quantidade de energia disponibilizada diariamente pelo Sol em combustíveis como o oxigênio, o hidrogênio e o metano.
"Nosso maior desafio é mimetizar os organismos fotossintéticos sem a necessidade de reproduzir o ambiente de suas células, extremamente complexo e auto-organizado. Em uma analogia simples, queremos produzir uma folha em laboratório", explica o químico.
Segundo Patrocínio, a pesquisa nesse campo tem sido intensa e concentrada no desenvolvimento de novos catalisadores, responsáveis pelas reações químicas envolvidas na conversão de luz e água em combustíveis.
Após encontrar o catalisador ideal, é necessário ainda integrá-lo a um dispositivo que possa ser produzido em larga escala. Por enquanto, os testes estão apenas em nível laboratorial.
Patrocínio diz que, além do reconhecimento internacional pelos trabalhos já desenvolvidos, o prêmio recebido na Alemanha permitiu o estabelecimento de contatos e relações com diferentes pesquisadores e instituições alemãs, o que possibilita troca de informações, realização de experimentos conjuntos e intercâmbio de alunos.
"Além do mais, como parte da premiação, terei a possibilidade de retornar à Alemanha em 2013 para um estágio de até três meses em uma instituição de minha escolha", completa.

(folha.uol.com.br)