quarta-feira, 3 de outubro de 2012

CEMIG: Usina de energia solar vai sair do papel

A Cemig mais uma vez - semelhante ao que aconteceu com a energia eólica em 1994, com a usina experimental do Morro do Camelinho, na estrada para Diamantina - é pioneira em uma nova fonte de energia. Desta vez, a energia solar. Em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Prefeitura de Sete Lagoas e Solaria, está implantando no município a maior usina solar do país. 
 
De acordo com Marco Aurelio Dumont Porto, Gerente de Alternativas Energéticas da Cemig, a iniciativa vai colocar a cidade como destaque no cenário tecnológico brasileiro. Sete Lagoas foi escolhida por uma composição de fatores, tais como proximidade de Belo Horizonte e aeroporto de Confins, por abrigar a implantação do Projeto Cidade do Futuro, também da Cemig, além do fácildeslocamento para estudos, próxima das maiores universidades mineiras e da Univercemig, que também tem sede nesta cidade.
Segundo Marco Aurelio, o Brasil, com a nossa imensa extensão territorial, com áreas carentes e sem perspectivas, com um grande potencial solarimétrico, pode utilizar dessa tecnologia para alavancar negócios e consequentemente serviços, aumentando a renda e ajudando na prosperidade dessas regiões. “Todo o potencial solarimétrico do Estado de Minas será apresentado à sociedade através da emissão do Atlas Solarimétrico de Minas Gerais que será emitido e disponibilizado pela Cemig no próximo mês. Como temos acompanhado em Belo Monte, é cada vez mais difícil a implantação de grandes usinas hidrelétricas em virtude das questões sócio ambientais. A partir disso as empresas começam a pensar nas chamadas Alternativas Energéticas”, explica.

Marco Aurelio destaca a importância do projeto. Segundo ele, para o Brasil, pelo pioneirismo na América Latina; pela agregação de valor na política de redução de emissão de CO2; pela demonstração de que o país, apesar de ter uma matriz energética entre as mais limpas do mundo, as hidrelétricas, visualiza também a energia solar como alternativa viável para a expansão do uso dessa energia limpa. “Para o Estado de Minas Gerais a importância está no pioneirismo no Brasil, já que no momento temos somente uma usina solar em operação na cidade de Tauá, no Ceará, porém com uma potência inferior; e por ter a possibilidade do desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, atraindo empresas do setor. E para Sete Lagoas, por todas as ações descritas acima e pelo marketing espontâneo enorme que um projeto deste traz, elevando o nome da cidade e pela vocação que a cidade passará a desenvolver como polo referência nessa nova tecnologia, uma vez que terá o maior laboratório do país em energia solar”, afirma.
 
A usina será instalada em uma área de 80 mil m² doada pela prefeitura em regime de comodato entre o bairro Cidade de Deus e a Lagoa Grande. Terá capacidade de 3,0 MW, suficiente para abastecer uma região com cerca de 4.500 habitantes. “A luz solar pode ser aproveitada em forma de energia sob duas situações, para aquecimento de água com coletores solares e para geração direta de energia através de sistemas fotovoltaicos ou concentradores. No nosso caso, usaremos placas fotovoltaicas produzidas a partir da purificação do Silício que transformam diretamente a luz solar em energia elétrica. A Alemanha, que é considerada uma referência em energia solar, tem a sua melhor área, considerando a radiação, 40% pior do que a nossa área com menor índice de radiação. É um país que possui na sua matriz cerca de 30 GW somente em energia solar, ou seja, 25% de toda a energia que geramos no Brasil”, conta o gerente.
O empreendimento faz parte de um amplo programa de pesquisa que a Cemig tem com a Aneel e serão investidos R$ 42 milhões. Com a usina especificamente são R$ 25 milhões. “Um projeto desse porte com certeza divulgará o nome de Sete Lagoas em todo o Brasil e certamente várias pessoas desejarão vir para conhecer o empreendimento. A licença para implantação se deu na última reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Sete Lagoas (Codema) no dia 12 de setembro e as obras começaram imediatamente, esperamos que em cinco meses tenhamos a usina operando” finaliza.
 
(setedias.com.br)

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